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Centro

Coletivos de arte se unem por mais espaço na cena de SP

O mesmo centro de São Paulo que abriga espaços tradicionais de arte, como a Pinacoteca, viu crescer nos últimos anos um circuito cultural alternativo, que inclui de galerias a estúdios de design.

Encabeçado por artistas plásticos, esse movimento, que começou de forma independente, agora luta por apoio oficial e mais espaço na cena cultural paulistana.

"Queremos incentivos fiscais, uma internet melhor. Querem falar de 'rejuvenescimento' do centro, mas não melhoram a internet", diz o diretor de arte Ângelo Palumbo, 53, que, em 2011, criou a PaperBox Lab. A organização, que apoia artistas em início de carreira, fica na rua do Carmo, na Sé.

"Pagamos caro para nos instalarmos aqui, mas temos pouca segurança", reforça Baixo Ribeiro, 52, curador de arte no Instituto Choque Cultural. Há um ano e meio, ele instalou no edifício Farol, no Anhangabaú, o Eduqativo, instituto criado para desenvolver novos modelos de aprendizagem.

Arte no centro; Crédito Fotografia/Folhapress

REDE DE COLETIVOS

É de lá que vem a Rede Centro, união de ações independentes que discute como apresentar à população os espaços culturais já existentes.

No rastro dessas iniciativas independentes, corre na Câmara Municipal um projeto que quer fazer da região entre a Sé e a República um "distrito criativo".

Segundo o vereador Andrea Matarazzo (PSDB), autor da proposta, empresas das áreas de moda, design e teatro receberiam incentivos para se instalarem no local.

"Elas terão redução de impostos e os trâmites burocráticos acelerados", diz. O projeto, porém, ainda aguarda aprovação da câmara.

Apesar dos problemas da região, Paulo Wanderley, 45, coordenador da Matilha Cultural, decidiu retornar ao centro depois de fugir, anos antes, pela falta de segurança.

Para ele, graças aos coletivos, o centro virou hoje um "local de visitação". "Pessoas de toda a cidade vêm à região em busca de atrações."

Em resposta às reclamações dos coletivos sobre acesso à internet, João Cassino, coordenador de conectividade da secretaria de Serviços, da prefeitura, afirma que o centro tem "23 pontos de wi-fi e que, às vezes, o serviço passa por instabilidade".

Ele disse ainda que a prefeitura fiscaliza a oferta de internet do programa e que a meta é que o serviço seja ampliado pelo centro.

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