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Osasco

Pouca distância de SP e preço baixo do m² geram boom imobiliário em Osasco

Raquel Cunha/Folhapress
Trens da estação da CPTM Presidente Altino, cercada por novos prédios, em Osasco
Trens da estação da CPTM Presidente Altino, cercada por novos prédios, em Osasco

Apesar de poucos metros separarem Osasco da Cidade Universitária, no Butantã, zona oeste da capital, os preços dos imóveis à venda nos dois lugares são bem diferentes.

No Butantã, o valor do metro quadrado médio para imóveis novos é de R$ 8.130; em Osasco, R$ 6.540 –20% mais barato, segundo a consultoria Geoimovel.

A diferença fica maior se compararmos com outros bairros da zona oeste, como Pinheiros e Perdizes, onde o preço médio do metro quadrado ultrapassa os R$ 12 mil.

A pouca distância somada à grande diferença de preço explica, em boa parte, o crescimento de mais de 582% no número de novos apartamentos em Osasco entre 2009 e 2014, de acordo com estudo da imobiliária Brasil Brokers. A pesquisa aponta que 35% dos compradores de imóveis em Osasco vêm de São Paulo –63% da zona oeste.

O sistema de transporte que liga a região à cidade vizinha ajuda a explicar: uma estação de trem da linha 9-esmeralda da CPTM separa Osasco da Vila Leopoldina; três estações da linha 8-diamante ligam a cidade à Lapa.

Raquel Cunha/Folhapress
Sala decorada de apartamento de 54 m² do condomínio Gafisa Square Osasco, no centro
Sala decorada de apartamento de 54 m² do condomínio Gafisa Square Osasco, no centro

Quem tem a vida organizada ali e procura um apartamento é facilmente seduzido pelos preços do município vizinho, segundo Bruno Vivanco, presidente do grupo Abyara Brasil Brokers.

"Em vez de comprar um imóvel de um dormitório em São Paulo, a pessoa pode encontrar um de dois ou três quartos em Osasco. A diferença é muito significativa."

O gerente comercial Marcos Alexandre Vassallo, 38, já sabe disso. Antigo residente do Butantã, ele se mudou para Osasco no início do ano e não se arrepende. A distância até o trabalho, em Pinheiros, é percorrida nos mesmos 20 minutos de antes.

"Pelo mesmo valor, teria comprado algo bem menor em São Paulo. E o custo de vida aqui é mais baixo", diz.

Raquel Cunha/Folhapress
Apartamento decorado do edifício Jardins do Brasil: Atlântica, no bairro Industrial Autonomistas
Apartamento decorado do edifício Jardins do Brasil: Atlântica, no bairro Industrial Autonomistas

FUTURO

Atualmente, 56 empreendimentos têm imóveis novos à venda na cidade, a maioria voltado para famílias –com dois ou três dormitórios.

Com as restrições impostas à construção pelo novo Plano Diretor de São Paulo, a tendência é que a cidade continue a receber prédios.

A Gafisa, por exemplo, acabou de entregar o edifício Square Osasco, no centro, e já planeja erguer novas torres em dois terrenos próximos.

Para o secretário municipal de Habitação e Desenvolvimento Urbano, Sérgio Gonçalves, a construção de imóveis mais sofisticados e a chegada de moradores de faixa de renda elevada promoveram o crescimento da cidade. Isso, segundo ele, graças a uma legislação favorável.

"Em 2005, adaptamos as regras para dar mais celeridade à aprovação de investimentos imobiliários. Éramos o 27º PIB do país", diz. De lá para cá, a cidade saltou para a 13º posição, segundo dados de 2012 do IBGE.

O diretor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Valter Caldana, vê com bons olhos o adensamento demográfico.

"Trata-se de uma tendência mundial. Com terrenos cada vez mais caros, as grandes metrópoles passam por um processo de 'periferização' [em que a ocupação se espalha por zonas periféricas]."

O perigo, segundo Caldana, é que o crescimento dessas regiões se restrinja à construção de moradias.

"É importante que o desenvolvimento seja equilibrado, com a criação de habitação, emprego e renda de forma combinada, de modo a evitar grandes deslocamentos entre municípios", afirma.

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