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Perdizes/Sumaré

Rica, preparada e boêmia, zona oeste ganha apartamentos enxutos

Ernesto Rodrigues/Folhapress
A avenida Sumaré, batizada assim em 1947; antes, era "Rua 2"
A avenida Sumaré, batizada assim em 1947; antes, era "Rua 2"

A vocação boêmia de Perdizes e Sumaré inspira as novas propriedades na zona oeste, a mais rica da cidade.

Rica e preparada. Conforme pesquisa Datafolha, 40% de seus moradores têm ensino superior completo. Ao todo, são 1 milhão ou quase 9% da população da capital, segundo os dados mais recentes do IBGE.

Nessa parte da metrópole que compreende mais dez bairros além de Perdizes e Sumaré propriamente ditos, há 3.587 apartamentos novos, dos quais 156 já estão prontos para morar.

Foram 122 edifícios lançados nos últimos cinco anos, distribuídos pelo traçado sinuoso e os declives servidos de ótima infraestrutura que inclui a famosa vida noturna, capaz de atrair gente de todos os cantos da cidade.

Há de tudo entre essas novidades imobiliárias na zona oeste, mas predominam os empreendimentos para o público da noite: 30,4% dos apartamentos têm apenas um dormitório, segundo levantamento da consultoria Geoimovel. Esse conceito de moradia, ali, só fica abaixo das opções com dois quartos (31,5%), imóvel de maior demanda em qualquer pedaço da capital.

"É a região dos estúdios", define Marcos Oscar Fontes, delegado do Creci-SP (Conselho Regional de Corretores de Imóveis). São apartamentos compactos, desenhados para gente que gosta de sair.

"As incorporadoras encontraram um nicho para atender jovens que querem bairros com infraestrutura e opções de lazer", diz Denis Fernandez, da Brookfield.

"Não é uma região de bairros-dormitório, em que o morador chega do trabalho e fica em casa", diz Fontes.

O distrito de Pinheiros, onde está a Vila Madalena, epicentro da balada, detém o maior número de unidades para esse público: 589.

"Nesses locais, estão indo morar muitos jovens. Querem independência, facilidade de deslocamento e, ao mesmo tempo, proximidade de ruas mais agitadas, com farta opção noturna", diz Igor Freire, diretor da imobiliária Lello.

Faz um tempo que o agito ultrapassou as bordas da Vila Madalena. "O fenômeno espraiou-se, o mercado vem se adaptando para erguer imóveis para o público mais alinhado com a balada na Vila Romana, na Pompeia e em parte do Sumaré", afirma João Henrique, da Lopes.

Encaixam-se nesse perfil de morador jovens solteiros, casais sem filhos, profissionais bem-sucedidos.

"Os apartamentos diminuem, as pessoas não contam com aquela rede de serviços em que era possível ter empregada a semana toda. Quem tem condições de fazer grandes festas em casa? Esse estilo de vida nos convida a ir para a rua", interpreta o urbanista Renato Cymbalista.

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