Oito e oitenta: o imóvel mais caro e o mais barato têm conceito parecido
Moacyr Lopes Junior/Folhapress | ||
Sala com sacada de vidro em apartamento no condomínio Oito, que custa de R$ 8 milhões a R$ 9 milhões |
O nome do prédio é Oito: oito andares, oito unidades e R$ 8 milhões cada uma. É o apartamento mais caro entre todas as ofertas dos 12 bairros da zona oeste analisadas pela Folha.
De altíssimo padrão, o edifício em nada se parece com aquelas construções neoclássicas rebuscadas típicas de outros bairros nobres.
O projeto, assinado pelo arquiteto Isay Weinfeld, é sóbrio: fachada de alumínio com acabamento em madeira e áreas verdes densas.
"Nosso morador é bem-sucedido, deseja conforto e espaço, mas não quer se isolar em um condomínio", diz Otavio Zarvos, 48, dono da incorporadora IdeaZarvos.
A torre fica numa rua pacata, a 350 metros da estação do metrô Vila Madalena (linha 2-Verde). "É um prédio de luxo que se comunica com a cidade", define Zarvos.
Ainda assim, cada apartamento tem cinco vagas de garagem. Registrado antes de julho de 2014, o empreendimento escapou das novas regras do Plano Diretor, que mexem no número de vagas de garagem permitidas próximo ao metrô.
Cada morador decide como organizar seus 450 m², mas os três andares ainda vagos têm quatro suítes cada um, sala, vista arrebatadora e janelas de vidro belga, com isolamento termoacústico.
O MAIS BARATO
A apenas três quilômetros do Oito, em Perdizes, fica o imóvel à venda mais barato da região: com 21 m², sai por R$ 199 mil.
O projeto moderno de 14 andares, com sacadas de vidro esverdeado, contrasta com a vizinhança formadapor pequeno comércio, casas e prédios baixos. À esquerda, o Allianz Parque (estádio do Palmeiras) e alguns edifícios despontam no horizonte.
A impressão é de se estar em um hotel. A porta de entrada é giratória e a recepção, uma espécie de lobby.
O quarto, que também é cozinha e sala, pede soluções espertas de mobiliário: camas retráteis, mesas dobráveis e outros recursos para aproveitar o espaço.