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Perdizes/Sumaré

Atraso em linha do metrô retrai empreendimentos na zona oeste

A zona oeste é bem servida de comércio, serviços, parques e lazer. Tudo isso estimulou a expansão de empreendimentos imobiliários nas últimas décadas.

Mas, de acordo com especialistas ouvidos pela Folha, o atraso nas obras da chamada "linha das faculdades" (a 6-laranja, do metrô) e a inexpressiva rede de corredores de ônibus barram a criação de áreas habitacionais.

"A Barra Funda tem uma densidade demográfica de 2.568 habitantes por km², enquanto, por exemplo, essa taxa na Vila Formosa [zona leste], que oferta menos comodidades, é de 12.811", compara o urbanista João Fernando Meyer, da USP (Universidade de São Paulo).

Segundo ele, a região tem potencial para receber mais moradores, já que conta com metrô, shoppings, hospitais e universidades.

O gerente da imobiliária Imper Imóveis, Orlando Senhore, diz que o setor aguarda as operações da nova linha do metrô para crescer.

"Ela é muito esperada porque vai ampliar a nossa rede de clientes, vai atrair os universitários e facilitará o acesso aos teatros."

ATRASO

A assessoria de imprensa do Metrô admitiu atraso no cronograma das obras da linha 6-laranja, que tem previsão de operar só em 2020.

O trajeto deve ligar o bairro da Brasilândia, na zona norte, até a estação São Joaquim, na Liberdade (região central), passando por três bairros da zona oeste: Pompeia, Perdizes e Pacaembu.

Enquanto o metrô não se estende pela região, outra preocupação é com os corredores exclusivos de ônibus.

Hoje, são dois em uso por lá: Pirituba-Lapa-Centro e Campo Limpo-Rebouças-Centro. Para Andreina Nigriello, professora da FAU-USP (Faculdade de Arquitetura e Urbanismo), as vias atuais já não dão conta do volume de passageiros.

Ela diz que os dez novos corredores previstos pelo Plano Diretor, da prefeitura, poderão amenizar o problema."É preciso ser cumprido o que está no plano. São questões que Curitiba resolveu nos anos 1970."

Para Fernando de Mello Franco, secretário de Desenvolvimento Urbano de São Paulo, a zona oeste "tem áreas diferentes, algumas sujeitas a grande transformações imobiliárias nos próximos anos e outras que devem ser mais preservadas".

Ele cita o Ceagesp (central de abastecimento), na Vila Leopoldina, que a prefeitura quer colocar em um outro endereço. "Isso vai trazer uma mudança radical para aquele entorno. Não faz sentido ter um grande entreposto como aquele em uma área tão privilegiada", diz.

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