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Trilhos e fábricas moldaram a Lapa, a área mais antiga da zona oeste

O nome do bairro da Lapa veio do termo indígena para o "lugar por onde se passa". E foi a passagem dos trens na estrada de ferro Santos-Jundiaí, construída no século 19, que trouxe o processo de urbanização para a região.

As mudanças no cenário do bairro mais antigo da zona oeste de São Paulo são retratadas no documentário "Cinzas Eternas, uma Declaração de Amor à Lapa", com direção de Silvia Wolfenson.

Nele, moradores e pesquisadores contam curiosidades sobre o bairro e fotos antigas das suas famílias ajudam a narrar a história.

A estrada de ferro cortou ao meio o bairro paulistano no auge da cultura cafeeira. Com os trilhos, vieram as grandes fábricas, que margeavam pontos onde atualmente estão localizadas as avenidas Guaicurus e Francisco Matarazzo.

Foi dos Matarazzo o grande complexo fabril, inaugurado nos anos 20, que produzia além de fios, os capacetes usados na Revolução de 1932.

"O bairro nasceu e se desenvolveu por ser rota de passagem entre o centro da capital e o interior", disse à Folha a geógrafa Ros Mari Zenha, moradora da Lapa há 20 anos e uma das personagens do documentário.

Também nos anos 20, coube à Companhia City dar nova cara à porção alta do distrito ao criar a City Lapa. Residencial, o bairro planejado foi tombado em 2010. Formado por ruas sinuosas, é considerada uma das regiões mais arborizadas de toda a capital paulista.

"A City Lapa é um pulmão verde para a zona oeste. É preciso evitar que a ampliação do comércio tire a tranquilidade do lugar", diz a urbanista Maria Laura Zen.

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